quinta-feira, 23 de maio de 2013

A cerimónia da rosa

Num destes dias estava eu na minha habitual e normal actividade de zapping quando parei no canal MGM, da Meo.
Estava a dar «The Bacherolette» - A Noiva Perfeita». Resumidamente, trata-se de um programa televisivo, uma série de vários episódios distribuídos por diversas séries, ou temporadas, onde uma mulher pretende encontrar um noivo. Vários candidatos falam com ela, um a um ou em grupo, e dão a conhecer os seus pontos fortes, mas também os seus objectivos e motivações.
Nos bastidores, estes chegam a atacar-se mutuamente e a expor, pela frente e pelas costas, o que de menos positivo todos têm.
Programa a programa, «A Noiva Perfeita», é este o título em português, vai eliminando os candidatos.
Os que ficam recebem das suas mãos uma rosa. Esta eliminatória tem um nome: a cerimónia da rosa.

O programa, de entretenimento, poderia ser aplicado a outros cenários. Como o das próximas eleições autárquicas, por exemplo.
Imaginemos um candidato a presidente da Câmara (candidato Bacherolette, chamemos-lhe assim) a escolher não um noivo, mas alguém que o poderá vir a acompanhar nesta fase de sua vida.
Chamaria aos seus aposentos, leia-se sala de estar porque o decoro impõe-se, um grupo de candidatos. Maior ou menor, não importa para o caso.
Conversaria com cada um na tentativa de os ficar a conhecer melhor e saber das suas intenções. Sim, por que isto de escolher alguém tem muito que se lhe diga, é preciso ter muito cuidado, não vá haver um divórcio mais tarde.
Os candidatos, por seu lado, iriam confessar a sua admiração pela pessoa em causa mas também pelos princípios e valores que representa.
A um canto, mais ou menos atrás da cortina, estaria um conselheiro. Muito atento, também ele tiraria os seus apontamentos para mais tarde exercer a nobre prática do aconselhamento. A zelar pelos interesses do presidente/candidato, mas também pelos seus, não vá sair na rifa um pretendente que mais tarde lhe desse um par de patins ou tentasse tirar-lhe o tapete. É preciso cuidado nestas coisas, pois claro.

Semana a semana, o candidato Bacherolette começaria a eliminar aqueles que entende não serem dignos da sua proximidade, ou melhor dizendo, da sua confiança. E guardador dos seus mais importantes tesouros. Entre eles, a honra.
Algo do género de um cavaleiro envergando uma luzidia armadura e montando um belo corcel. Mais coisa menos coisa.
Esta eliminatória, tipo «você é o elo mais fraco», poderia até ficar com a designação dada na série, ou seja, a «cerimónia da rosa».
Mas como por vezes não é fácil arranjar uma rosa, poderia até chamar-se… a cerimónia da laranja.

Antes da escolha final e durante o processo, os vários pretendentes ao chamamento assumiriam várias posturas. Uns diriam a verdade, outros a mentira pincelada de intrigas e outros ainda optariam pela omissão. Andariam por perto, dariam um ar de sua graça, mas não tomariam qualquer posição pública que os pudesse comprometer.

E a cerimónia lá terminaria num salão repleto de convidados todos muito felizes (ou não) por fazerem parte da festa de casamento. Desculpem, da cerimónia de tomada de posse do amigo Bacherolette.

Haja imaginação porque pretendentes ao cargo… não faltam.

(Jorge Lemos / minha crónica de hoje na Foz do Mondego Rádio).

sábado, 18 de maio de 2013

Figueira na Hora - o seu espaço informativo.

Nem melhores, nem piores. Apenas... diferentes.

O «Figueira na Hora» é um projeto em evolução, a partir da sua página do Facebook.
É para os figueirenses e com os figueirenses.

Para divulgar tudo, mas tudo mesmo que vai acontecendo por cá.

Se tiver notícias ou informações de eventos que aconteceram ou vão acontecer na sua freguesia, clube, associação ou colectividade, basta enviar um e-mail para figueiranahora@gmail.com, jorgelemos.figueira@gmail.com ou andreiagouveialemos@gmail.com.

Visite o Figueira na Hora e faça parte desta comunidade cada vez maior.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Figueira vai ter centro de formação de esterilização de gatídeos no Horto Municipal

O vereador António Tavares dá conhecimento de que, em parceria com a APAFF (Associação de Protecção Animal da Figueira da Foz), e dando sequência às campanha de esterilização de gatídeos que têm sido realizadas na Figueira da Foz em articulação com a International Cat Care, e que consistem no controlo, recolha e esterilização de gatos de rua, vai este ano ser elaborado um protocolo que leva o projecto "mais longe". 

mais em Figueira Na Hora

segunda-feira, 13 de maio de 2013

2º Triathlon por equipas do Figueira Kayak Clube

Domingo passado o Figueira Kayak Clube organizou o seu 2º Triathlon por equipas, prova que contou com 120 participações, ou seja, 60 equipas de dois elementos.

Texto, fotografias e classificações em Figueira Na Hora.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Sabes o que é um swap??

SWINGING IN THE RAIN

Depois do buraco da Madeira e do buraco do BPN, entre outros buraquinhos que todos os juntos formam um buraco bem jeitoso, surgiu em Abril passado mais um potencial buraco para somar às já de si esburacadas contas públicas: o buraco dos swaps, com um potencial custo de aproximadamente 3 mil milhões de euros a pairar sob os nossos cofres.
Duas reacções apoderaram-se de mim. A inevitável “Três mil milhões???!!!” e a enigmática “O que raio é um swap? Algum ser alienígena que nos anda a roubar os recursos?”. Fui investigar. A resposta estava no quiosque que assaltei na passada manhã de domin
go, sem ninguém desconfiar, mais precisamente no interior do melhor semanário português (o Público de domingo), e pela voz de Helder Mourato. Perante tamanha dificuldade em explicar tão complexo instrumento financeiro, vou poupar o leitor aos termos técnicos da engenharia financeira e dar o meu melhor em termos sexuais.
Sandra e Rodrigo são um casal maduro, moderno, descomplexado, sexualmente activo mas a precisar de novas e ousadas experiências. Rodrigo conhece um jovem casal, moderno, descomplexado, sexualmente activo mas as precisar de novas e ousadas experiências - ela é linda de morrer, ele é um trambolho de 123 quilos. Rodrigo propõe-lhes um swing, que é aceite sem reservas. Rodrigo conta a novidade à jovem esposa, que cede ao desafio. Sandra sobrevive à traumática experiência, com a auto-estima e a libido em farrapos. Rodrigo sai em ombros, às cavalitas de um ego gigantesco. O casamento acaba mal. Com disputas em tribunal e filhos a sofrer.
O swap é um swing cheio de boas intenções que corre mal para uma das partes. O Rodrigo é uma instituição bancária, perfeitamente conhecedor da sua área de negócio, à espreita de uma boa oportunidade. A Sandra é uma empresa pública, imprudente e mal gerida. Os filhos deste aventureiro casal somos todos nós.
Vamos agora à parte chata da matéria, meus irmãos. Tecnicamente falando, o swap de um taxa de juro é um contrato baseado num empréstimo que a Sandra contraiu. À Sandra poderá interessar pagar uma taxa de juro fixa em vez de indexada à Euribor, porque a Sandra é muito espertinha e pensa que a taxa Euribor irá subir. O Rodrigo é mais espertinho que a Sandra e está convicto do contrário. Sandra perde a aposta e é obrigada a passar umas noites com o trambolho de 123 quilos. Em apostas mais afoitas, como são os swap exóticos, Sandra poderá passar umas noites com um trambolho de 123 quilos do Nepal.
E assim se vai brincando e especulando com o dinheiro dos nossos impostos, com a impunidade tão característica do nosso país, enquanto a dívida pública caminha para os 123% do PIB e as medidas de aust...
- “Alguém falou em caminha?...”, pergunta Rodrigo.

Texto de Pedro Silva, em «Figueira Na Hora»