sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Sim, o Jornal O Figueirense vai fechar no final do ano

A 1 de janeiro próximo completam-se 18 anos que assumi funções de jornalista e chefe de redação do Jornal O Figueirense. É também neste dia que deixo de trabalhar no semanário mais antigo da Figueira da Foz.

Joaquim Gil, diretor do jornal, explica no seu editorial de hoje as razões do fecho deste jornal quase com cem anos de existência e que...podem ser lidas em www.ofigueirense.com.

Quanto a isto, nada a comentar.

E se escrevo estas linhas, é apenas por duas razões: a primeira e mais importante, estes quase 20 anos a escrever fazem de mim a pessoa que hoje sou. Com qualidade e defeitos. Foi nesta empresa – com o apoio de Jorge Galamba Marques e Jorge Lé, que acreditaram em mim – que desenvolvi esta profissão que abracei de alma e coração e que me levou a trabalhar noutros projetos jornalísticos, nomeadamente quase todas as revistas da Figueira da Foz e outros na Internet, Diário As Beiras, A Voz da Figueira, Rádio Maiorca e Correio da Manhã.

A segunda razão por que escrevo, é que muitos dos que com quem lidei estes 18 anos hoje são meus amigos. E merecem uma palavra minha, pela presença constante e amizade demonstrada. Porque a vida é feita de relações, de laços. Que não se irão perder, estou certo.

Este não é o fim. É apenas uma nova etapa da minha vida, e de minha mulher, Andreia (Gouveia) Lemos que também é jornalista no jornal O Figueirense. Nesta segunda razão, um muito, muito obrigado a todos. Espero ter sido leal à amizade e confiança em mim depositadas.

O Jornal fecha portas a 31 de dezembro. Ficará para sempre no meu coração enquanto parte indissociável da minha vida. Saio com a consciência tranquila. Mas também com imenso orgulho de ter feito, e ainda fazer, parte deste projeto.

E como alguém disse, andarei por aí! Por isso, um até já!

sábado, 17 de novembro de 2012

Novos impostos: uma taxa para os discursos inúteis em tempo de campanha eleitoral


Estava eu a ler um livro de banda desenhada quando encontrei esta «estória»: Um grupo de malfeitores apropriou-se da gestão da coisa pública e elevou ao máximo a carga fiscal. Neste caso,...dos patopolenses (habitantes de Patópolis).


Taxava-se tudo e todos. Impostos sobre o que se comia, sobre as férias, sobre os programas televisivos, etc, etc.

Entrou em terreno o justiceiro Superpato para que tudo voltasse à normalidade. Resgatou da prisão os verdadeiros fiscais e, ao pretender prender os meliantes, um dos fiscais disse-lhe: "pelo que nos contou, a pressão fiscal chegou ao máximo!. Os próprios contribuintes vão acabar com ela!".

E assim foi. O povo revoltou-se e a justiça imperou.

Daqui bem que se pode tirar ilações. E lições!

Nota: O primeiro comentário, à esquerda da imagem, bem que se poderia ter em conta hoje em dia, não????

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Um olhar americano da manif

Veja o vídeo que mostra os protestos: dos pacíficos até ao arremesso de pedras e à ação da polícia. Sem comentários


É um vídeo de nove minutos, sem comentários (ao estilo no comment da Euronews). Mostra a manifestação da úlima quarta-feira, que começou pacificamente no Rossio e terminou em ação policial à bastonada frente à Assembleia da República. É a visão do jornalista freelance norte-americano Brandon Jourdan, que colabora com vários meios de comunicação social internacionais e já esteve em vários teatros de guerra.

É possível ver as caixas multibanco vandalizadas, as grades de proteção junto ao Parlamento a serem derrubadas, a entrada da Polícia de choque, o constante arremesso de pedras, a musculada intervenção da das forças da ordem e os ecopontos queimados. Veja e tire as suas ilações.

O registo, ainda pouco editado e não será a versão final, foi publicado no site globaluprisings.org, onde existem outras reportagens do género filmadas na Grécia, em Espanha e Itália.

http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/manifestacao-parlamento-tvi24/1393584-4071.html

Paço de Maiorca: deputados denunciam «crime financeiro» e «negócio ruinoso»

Sobre o projeto de reconversão do Paço de Maiorca em hotel de charme, segundo pode ler-se no jornal O Figueirense, disseram:



“Estamos perante uma entidade que fez uma espécie de PPP com a Câmara. Sem entrar com algum, ficou com 51% do capital.

Na altura isto foi um negócio ruinoso e hoje temos apenas um hotel de charme para acarídeos (aranhas) e ratos, não há cheta para fazer rigorosamente nada, tudo isto é um desastre completo, um terramoto”.
João Carronda

“Como é que racionalmente Câmara contrai empréstimo destes?
Isto é absolutamente irracional. Temos uma entidade privada que sai tranquilamente pelo seu pé sem responsabilidades nenhuma. Só no reino da fantasia é que se percebe.
Quem negociou e alinhou estava completamente inapto para gerir seja o que for. A Assembleia Municipal, hoje, quase que funciona como uma comissão liquidatária do município”
Nogueira Santos

“Este é um dia triste para esta Assembleia, autarquia e concelho. Estamos perante um dos contratos mais ruinosos em que autarquia se envolver. Ainda mais ruinoso do que Parque Desportivo de Buarcos, onde houve uma negociação entre município e empreiteiro para rescisão do contrato, aqui não.
O município está amarrado até 2022 no pagamento de uma dívida que contraiu através da FGT. O anterior executivo do PSD deveria pedir desculpa a todos os figueirenses pelo mal que fez a todos.
Estamos contra o executivo da altura que embarcou neste crime financeiro. O PS sempre se opôs à forma como este plano de recuperação do Paço de Maiorca foi arquitetado”.
Nuno Melo Biscaia

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Andreia Gouveia, uma “figueirense” nas VIII Edição das Jornadas do Mar - Lisboa


Decorre na Escola Naval, entre os dias 12 e 16 de novembro, a VIII Edição das Jornadas do Mar, cujo tema é “O reencontro com o mar no século XXI”.

Esta iniciativa, que se realiza de dois em dois anos, é especialmente dirigida aos estudantes do Ensino Universitário e pretende promover o estudo e reflexão sobre o Mar através da apresentação e discussão temática orientada, promovendo a partilha de conhecimento entre os estudantes de diferentes países e as instituições e personalidades ligadas às várias áreas em discussão e, ainda, contribuir para fomentar e desenvolver as ligações entre o meio académico, científico, empresarial e a Marinha.

Preside à Comissão de Honra Sua Exa. o Presidente da República, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva, e fazem igualmente parte o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, General Luís Evangelista Esteves de Araújo, o Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Doutor Paulo Braga Lino, o Secretário de Estado do Mar, Prof. Doutor Manuel Pinto de Abreu, o Secretário de Estado do Ensino Superior, Prof. Doutor João Filipe Queiró, o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante José Saldanha Lopes, o Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, Prof. Doutor António Manuel Bensabat Rendas, o Presidente do Conselho-geral da Fundação das Universidades Portuguesas, Prof. Doutor José Carlos Diogo Marques dos Santos, e o Presidente da Academia de Marinha, Almirante Nuno Gonçalo Vieira Matias.

Entre o painel de palestrantes, oradores e comunicadores, uma “figueirense” (de adoção, uma vez que nasceu no Porto mas reside nesta cidade há largos anos), Andreia Gouveia (Lemos), presentemente jornalista do Jornal «O Figueirense», em representação do ISCIA ( Instituto Superior de Ciências da Informação e Administração - Aveiro).

A Andreia irá abordar a temática da comunicação que se pretende eficaz entre os que fazem do mar o tal «desígnio nacional» e a população. Irá, de forma elevada, direta e sem rendilhados, explicar que o mar não pode ser um património de uns quantos, mas sim uma realidade de muitos. Que o mar está ali mesmo à mão de todos, sem exceção. Quer seja para exploração comercial, piscatória, de lazer ou até a nível pessoal.

Só pode ser motivo de orgulho para todos ter uma “figueirense” a falar da sua terra, do seu concelho, do seu mar, da Figueira da Foz, entre tão ilustre painel.

Numa nota pessoal, é com orgulho que vejo a minha esposa a integrar estas jornadas. É o reconhecimento, bem vincado, dos de fora, da sua enorme alma, qualidade e profissionalismo.

Parabéns!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Futuro das freguesias: o que muda? Nada. Continuaremos a ir ao Din's beber um fino ou comer uma francesinha à Bijou

Muito já se escreveu sobre a reforma administrativa, muito se escreve e muito mais se escreverá.
De forma resumida, de um lado da barricada estão os que dizem não fazer sentido a extinção ou agregação de realidades, leia-se freguesias, diferentes. Que se irá perder identidade.
Do outro, os que entendem que algumas freguesias não têm razão de ser, que bem podem desaparecer que na prática não se irá notar qualquer alteração.

Pegando num dos casos deste concelho, S. Julião e Buarcos, é lógico que se está perante dois "mundos".
Também é sabido que poucos são os dizem «Vou a São Julião e já volto...». Dizem, sim, «vou à Figueira e já volto». Ou seja, para a maioria S. Julião não existe.
E diga-se o que se quiser, o bairrismo é coisa rara. Só nestas alturas se levantam algumas vozes.

Outros defendem que S. Julião não pode acabar porque a Junta desempenha, no silêncio e recato (por acaso, nem sempre!!, mas isso é outra conversa), um valioso e meritório trabalho na Ação Social.
Mas pergunto eu se este mesmo trabalho não poderá ser realizado pela tal nova estrutura a criar?
Dir-me-ão que o autarca de Buarcos (e só falo de Buarcos porque a proposta aponta para aqui a sede) não conhece a realidade a fundo de S. Julião. Pois, é possível que não. Mas também quem lá agora está não conhecia e ficou a conhecer.
E então as técnicas de acção social ? Não poderão elas, supervionadas pela Junta, dar seguimento aos processos?

Dir-me-ao também que S. Julião não quererá ficar sob a dependência de Buarcos (pela mesma razão da sede). Não será isto uma falsa questão? Para que importa a estrutura organizativa, burocrática, desde que as «coisas» funcionem? Alguém acredita que se deixará de apoiar um cidadão com fome só porque é desta ou daquela freguesia?

Bem, toda esta conversa poderá até fazer algum sentido. Não fosse um pormenor: a questão política.
É que o partido que eleger o futuro «super-presidente» terá muita força.
E o que perder as eleições (ficar em segundo) ficará num estado de coma político-partidário. Nem é nem deixa de ser...

Daí que por mais razões que se invoquem (bairrismo, identidade, história, tradição, etc., etc), tudo passará apenas pelas alterações das políticas no modelo de gestão autárquica.
Porque a história de um povo (freguesia), a sua tradição e história não se apagam num ato eleitoral. O Coliseu continuará a ter as suas touradas, a Igreja Matriz as suas missas, o São João do Vale as suas festas e tradições, o Santo António não sairá da Misericórdia, os Reis continuarão a juntar-se na «lapinha», o Ginásio, Naval e Sporting continuarão a jogar, as escolas ficarão onde estão.
As Abadias na mesma, o oásis idem.

Ou seja, o que muda? Nada. Continuaremos a ir ao Din's beber um fino ou comer uma francesinha à Bijou.
Apenas a gestão autárquica (limpezas de ruas, valetas, festas, carnavais, festivais, apoio social, emissão de documentos e atestados) terão um outro formato.
A vida irá continuar tal como a conhecemos.

E já agora, aqui fica o parecer da Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa.

sábado, 3 de novembro de 2012

Sakamoto pergunta: "Há futuro para o emprego no jornalismo?"

Através do blog de Mário Ruivo, cheguei ao texto de «Sakamoto».

A pergunta que abre esta leitura é pertinente. Como pertinente é o alerta que pode ser lido, na íntegra, aqui.

Vale a pena ler.